Entenda tudo sobre FOTOBIOMODULAÇÃO e como utilizar

As terapias utilizando a FOTOBIOMODULAÇÃO vem tomando cada vez mais espaço no mercado da estética e da reabilitação, mas a verdade é que poucos de fato entendem esse tema por completo.

O que é?

A fotobiomodulação, anteriormente conhecida como terapia a laser de baixa intensidade (LLLT), consiste na aplicação de luz (Laser ou LED) com efeito terapêutico para modulação (ativação ou inibição) dose-dependente.

A dose-dependência reflete diretamente no objetivo do tratamento tendo relação com comprimento de onda, potência, energia e tempo de exposição. Esses fatores devem ser considerados na escolha do aparelho e pode ser recurso versátil na prática clínica.

Para que serve?

Essa modalidade terapêutica é comumente utilizada na reabilitação com objetivo de analgesia, diminuição de edema e reparo tecidual. Os comprimentos de onda mais utilizados são: vermelho (660nm) e infravermelho (808nm) por conta da profundidade de penetração da luz e o cromófaro alvo.

As principais aplicações são: osteoartrite (joelho e quadril principalmente), tendinopatias de membros inferiores, dor crônica em ombro, recovery, tendinopatia lateral e medial do cotovelo, cervibraquialgia, etc.

Além disso, é comumente utilizada para dor e cicatrização no pós-operatório de LCA, artroplastias, reparo do manguito rotador e eventos traumáticos.

Qual equipamento usar e benefícios

O Antares possui alguns aplicadores específicos que podem ser utilizados na reabilitação como o probe 2 (LED 850nm – IR), probe 3 (LASER 660nm), probe 4 (808nm – IR) e probe 5 (LASER 904nm – IR). Além disso, possui o cluster pequeno 2 que possui 5 LEDs de 630nm (vermelho) e 4 LEDs de 850 nm (IR) que permite a aplicação em áreas maiores em um tempo menor podendo otimizar o tempo de atendimento.

Em relação a área de estética e dermatofuncional, a fotobiomodulação possui uma gama de aplicações e versatilidade. Por ter seu objetivo terapêutico em áreas mais superficiais, os comprimentos de onda mais utilizados são: azul, violeta, âmbar, verde além do vermelho e infravermelho.

Comprimentos de ondas

O comprimento de onda azul/violeta é considerado bactericida (como a ação na Propionibacterium acnes) e fungicida é muito utilizado para tratamento de acnes e foliculite. Alguns estudos indicam a influência positiva da luz azul na remodelação de fibroblastos podendo ser benéfico também no tratamento de queloides, fibroses, dermatite seborreica e onicomicoses.

Em relação ao comprimento de onda verde, este inibe a ação dos melanócitos que promovem a hiperpigmentação cutânea. Além disso, possui relação direta na indução, proliferação e maturação das fibras de colágeno.  Pode ser utilizado no tratamento de manchas e celulite.

Já o comprimento de onda âmbar promove a síntese de colágeno e elastina, auxiliando na elasticidade das fibras. Possui absorção direta pelos queranócitos, melanócitos e células de Merkel. Possui efeito calmante nos casos de rosácea, equimoses e auxilia na flacidez de pele.

O comprimento de onda vermelho possui efeito no reparo tecidual, estimulando a cicatrização. Tem efeitos na vasodilatação, expressão do colágeno e fatores de crescimento, tendo efeito na microcirculação sanguínea no local da aplicação. Pode ser utilizado na melhora da flacidez tissular, rugas e estrias, lipólise, cicatrização, celulite e na associação de terapias com microagulhamento e terapia capilar.

Por último, o comprimento de onda infravermelho possui ação na citocromo c oxidase (cromóforo mitocondrial) e água intracelular. Possui efeito anti-inflamatório e analgésico, sendo interessante para utilizar após procedimentos invasivos, celulites (para diminuir fibroses e edemas), cicatriz de acnes, lipólise, esvaziamentos dos linfonodos (drenagem linfática) e no tratamento de hipercromias.

Portanto, a fotobiomodulação é um recurso versátil tanto para a reabilitação quanto para a área de estética/dermatofuncional além de ser apresentar evidências científicas para os resultados encontrados.

Destaques na terapia capilar

Nesses últimos tempos, a utilização dessa modalidade em terapias capilares se mostrou muito eficaz e que podem ser associados com outros tratamentos também. A fototerapia promove, não somente a melhora dos fios de cabelo, mas também melhora a queda dos mesmos. E a melhor parte, NÃO é invasivo e sem desconfortos.

Para explicar como funciona, precisamos entender que é a própria luz (comprimentos de onda) que estimula o metabolismo das células locais ao penetrar no couro cabeludo. Com isso, temos a ação para eliminar as toxinas, absorver melhor os nutrientes, oxigenar toda a área aplicada e estimular o crescimento e fortalecimento dos fios, tanto os novos, quanto os já crescidos, pois, assim, há redução de inflamações (que podem causar quedas) no processo de cicatrização local.